Estou sadio querida, não quero mais correr nessa praia de noite,
é frío, é escuro, não sei o quanto vou aguentar fugir desses morcegos loucos por adrenalina,
meu skate está com o shape quebrado de tanta batalha vencida,
minha motoneta não aguenta mais calvagar, lhe darei alfafa e água para que descanse, o que mais precisa de mim para hoje?
Querido, não quero abusar de sua compreensão, só quero que leve esta pedra para o mar, as cinzas de meu pai estão presas aqui, a liberdade e a um bom funeral todos temos direito, não é mesmo?
Muito bem minha amiga samanbaia do sul, levarei toda essa pedra ao mar, banharei em salmora tudo o que consta estar preso ao mundo do mortos, ao digimundo, ao mundo que antes foi do sagrados e vorazes dinossauros, amigos para todas as horas, ai como me lembro! Eram noites ao relento tomando um bom rum com akeles dinossauros do mar.. (feridas ainda abertas dos sete mares).
Está feito!
Sabe o que mais me impressiona senhora Aurora?
São todas essas estrelas gazivogas, galinaceas, facuralizando semenuas no ceu unipecaminoso da alma amarunica ancestral dos nossos povos corajosos e machelonicos...
Por que querido amigo? Me passe mais rum..
Porque senti esse vento gélido inabitual na minha face, vento que só era sentido nos mares do norte, mares intaluricos semitonicos sonhadores minha querida, sejam abençoados todos por Odim, vou me deitar, boa noite.


Reza a lenda, por B2.